Durante a infância, as crianças se aventuram em novas experiências, formam sua identidade e se sentem parte de diferentes ambientes e círculos de interação (COCITO, 2017). No entanto, observa-se uma mudança nesse cenário, onde espaços verdes e ao ar livre estão sendo substituídos por ambientes fechados e tecnológicos. Louv (2016) destaca essa transformação radical na maneira como as crianças se relacionam com a natureza.
Nesse contexto, é crucial refletir sobre o papel da educação como investimento na ampliação das diversas dimensões das crianças. Cada momento deve ser pensado e planejado para proporcionar aprendizado e troca de experiências. Por isso, na Fazendinha, busca-se garantir que as vivências sejam embasadas e significativas.
O contato com diferentes ambientes permite às crianças expandir seus horizontes, aprender, criar e reinterpretar significados. Especialmente em ambientes abertos, como a natureza, elas têm a oportunidade de se desenvolver plenamente e se sentirem parte integrante do meio. A interação com adultos e outras crianças, juntamente com as vivências nos espaços, dá vida aos ambientes . As crianças aprendem a lidar com diversas situações, elaborando formas de superar desafios e se tornando mais humanizadas.
As relações interpessoais no cotidiano das crianças, enfatizando que acreditar em suas capacidades é fundamental para promover sua participação ativa na cultura. O adulto/professor desempenha um papel crucial como mediador dessas relações, interpretando suas ações e compartilhando significados.
Portanto, é essencial planejar com intencionalidade pedagógica os momentos em que as crianças têm contato com a natureza e espaços abertos, visando seu desenvolvimento integral. Essas experiências transcendem as paredes da sala de aula, pois os espaços são elementos essenciais na formação dos sujeitos, que se tornam tanto produtos quanto produtores de cultura e aprendizado.
Diante disso, a importância da Fazendinha Setrem se reafirma, promovendo uma educação ligada à natureza e que ensina os ritmos naturais, formando sujeitos com sensibilidade ecológica a partir de vivências compartilhadas e significativas, que fazem a diferença.
Por: Andrieli Taís Hahn Rodrigues, coordenadora do Ensino Fundamental – Anos Iniciais na Escola Setrem