A matemática se faz presente em cada etapa da nossa vida, sendo uma das bases fundamentais para o desenvolvimento intelectual das crianças, jovens e adultos. Não se baseia somente em calcular ou aplicar fórmulas, e sim, em desenvolver habilidades intelectuais necessárias para adquirir um raciocínio lógico, organizado e uma mente preparada para o pensamento, a crítica e a abstração.
Ao proporcionar uma base sólida, com segurança nos procedimentos e confiança nos resultados obtidos, a matemática também vai moldar atitudes e valores nos estudantes, visto que, quando crianças já começam a ter uma disposição consciente e favorável para realizar ações encaminhadas a encontrar soluções para os problemas do seu dia a dia.
Temos que levar o estudante a “saber usar a Matemática” para resolver problemas práticos diários ou futuros; para modelar fenômenos em outras áreas do conhecimento; compreender que é uma ciência com características próprias, que se organiza via teoremas e demonstrações; perceber que é um conhecimento histórico constituído, flexível e que permite a exploração do acerto e do erro e não como um produto com fim em si mesma.
Sem dúvida é uma das disciplinas com pouca popularidade entre jovens estudantes, considerada difícil, abstrata e até desnecessária, responsável por muitas das notas baixas, encontrando muitas resistências na hora das tarefas escolares. Então, é muito importante a forma como se trabalha a matemática desde a Educação Infantil até a Educação Básica e a metodologia aplicada vai definir e conquistar os estudantes envolvendo-os gerando expectativas, curiosidades e desafios, criando caminhos e mapas mentais importantes para que as habilidades compreendidas virem competências.
Nesse sentido, pode-se dizer que o ensino de Matemática para a vida é o ponto de partida para a superação, para o conhecimento e para a aprendizagem de outros modos de significar e ressignificar o mundo, modos que são produzidos por meio de uma racionalidade originada e impregnada pelo conhecimento matemático. É nesse caminho, que vai além de se ater única e exclusivamente ao livro didático, mas considera esse processo também, que buscamos fazer a diferença.
Por: Marcia Baú e Jaqueline Barros, professoras de matemática na Escola Setrem