A avaliação está presente em quase todas as ações que realizamos no dia a dia. Considere, por exemplo, o ato de fazer um bolo: avaliamos a qualidade dos ingredientes, a consistência da massa, a temperatura do forno, o sabor final, etc. e a partir desta avaliação adequamos a receita ou o modo de fazer. Assim, estamos avaliando constantemente no cotidiano. Da mesma forma, na educação, a avaliação desempenha papel fundamental, uma vez que pode guiar e redefinir o rumo do processo de aprendizagem. Avaliar na escola é mais do que atribuir notas, é um processo de compreensão da aprendizagem.
Como nos diz a pesquisadora Jussara Hoffmann (2009) “A avaliação não é um fim em si mesma, mas um meio de compreender e promover a aprendizagem do aluno. Ela deve ser entendida como uma prática que deve ir além da medição de resultados e se configurar como um processo investigativo e reflexivo sobre o ensino e o aprendizado.”
Desta forma, o processo avaliativo na escola fornece diagnóstico, guiando os professores na identificação de lacunas no aprendizado, formação contínua dos estudantes e feedback (retorno) para que o educador ajuste as metodologias que são efetivas para cada estudante e turma.
Falar em avaliação nos remete a prova e testes. Este paradigma de que a avaliação pode ser realizada apenas através destes instrumentos vem sendo modificado, incorporando concepções de avaliação formativa, autoavaliação e feedback.
Na Setrem acreditamos que avaliar é uma forma de diagnosticar as aprendizagens, tanto pela turma, quanto pelo professor. Os instrumentos de avaliação, portanto, são reveladores desta aprendizagem, e representam a concepção que o professor tem de conhecimento e de avaliação.
Logo, buscamos incorporar, na avaliação, diferentes instrumentos, valorizando as diversas habilidades do estudante. A prova e o teste se fazem presentes como um dos instrumentos que sinalizam um feedback de aprendizagem para o professor.
Assim, auxiliar o estudante a compreender que a avaliação é um processo importante na sua formação faz parte do processo de autonomia e amadurecimento de cada sujeito. Logo, incentivamos que cada estudante faça sua autoavaliação a partir do processo avaliativo e, em conjunto com a escola e a família, busque diferentes estratégias para melhorar sua aprendizagem e conhecimento.
Por: Ângela Balz Franzen, coordenadora do Ensino Médio na Escola Setrem