A produção de hortaliças vem aumentando significativamente nos últimos anos, principalmente em função dos novos hábitos de consumos de alimentos. O consumidor tem buscado alimentos mais seguros e que são produzidos com menor impacto ambiental.
Atendendo a estas exigências do mercado, muitos produtores de hortaliças têm utilizando o sistema de cultivo hidropônico como alternativa de produção. Vários são os motivos para esta mudança do sistema tradicional de cultivo- hortaliças no solo e a céu aberto, entre eles o elevado valor nos custos de produção, causado pela maior demanda de mão de obra, alto consumo de água e insumos agrícolas (fertilizantes e defensivos químicos).
Na produção fora do solo, em sistema hidropônico, aumentamos a eficiência de produção, diminuindo o tempo de cultivo, com melhor aproveitamento dos insumos, redução da mão de obra e de uso de agrotóxicos. Entre os fatores limitantes à expansão do cultivo hidropônico estão o alto investimento inicial necessário, o acesso ao conhecimento técnico e a qualificação da mão de obra.
Os altos investimentos são necessários para construir um ambiente de cultivo protegido (estufas agrícolas climatizadas), onde podemos controlar melhor os fatores ambientais necessários para o cultivo de hortaliças, podendo diminuir drasticamente a infestação de pragas e a incidência de doenças nas plantas, possibilitando inclusive zerar o uso de agrotóxicos.
No entanto, todos estes entraves podem ser superados, pois já existem linhas de crédito para investimento neste sistema de produção e informações técnicas disponíveis para quem deseja ingressar neste negócio. Porém, antes de decidir optar pelo sistema hidropônico, é necessário o estudo do mercado e planejamento técnico do empreendimento para ter maior sucesso na atividade.
Existem inúmeras possibilidades para se destacar neste mercado cada vez mais competitivo, principalmente com o desenvolvimento de novos produtos, como as hortaliças gourmet, hortaliças baby, mini hortaliças e produtos minimamente processados, o que faz a diferença na agricultura.
Por: Claudinei Schmidt, professor nos cursos técnicos e graduação