A Faculdade de Engenharia de Computação da Setrem, através da turma do 5º semestre, concluiu uma série de trabalhos práticos que consistem em projetar circuitos digitais dentro de um chip. O chip utilizado (foto) é um tipo especial, chamado FPGA, que permite ser fisicamente reconfigurado. Esse tipo de tecnologia dá autonomia aos acadêmicos para desenvolver, não somente software, mas também hardware, permitindo implementar qualquer circuito digital.
O professor Marcelo Ruaro comenta que não há software executando no chip, toda lógica é desenvolvida diretamente em hardware, portanto, a velocidade e consumo de energia são muito mais baixos do que microcontroladores, por exemplo. Esse tipo de tecnologia é ideal para a Internet das Coisas (IoT) e sistemas embarcados em geral.
Atualmente, tais chips estão presentes em eletrodomésticos, roteadores de internet, carros, aviões, satélites e robôs espaciais. Ter o domínio dessa tecnologia dá uma visão abrangente aos estudantes no desenvolvimento de soluções, além de abrir mais oportunidades no mundo do trabalho.
O acadêmico Daniel Rodrigo Engel, que teve um desempenho exemplar na disciplina, destaca que falar de hardware até um certo ponto é simples, porém, desenvolver hardware é um assunto bem mais complexo.
“Foi muito importante para mim entender a Linguagem de Descrição de Hardware (VHDL) e a programação do chip FPGA, que são os circuitos digitais integrados de altíssima velocidade. Isso permitiu entender como um circuito real funciona dentro de um chip, com todos os detalhes técnicos envolvidos, como funciona o clock e o que é a frequência de operação. Tudo precisa estar totalmente sincronizado para o bom funcionamento do hardware”, destaca.